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  • Betafligth PosHold e AltHold: novidades do próximo release.

    A versão 4.6 do firmware de controle de voo mais usado em drones FPV está quase em sua versão final, e como um bom curioso, testei a principal novidade: o PosHold e AltHold.

    Para aqueles que ainda não estão familiares com os termos, vamos às definições:

    AltHold: abrevição de Altitude Hold, ou seja, manter altitude. É um modo criado para que o drone mantenha uma altitude constante, usando para isso, os dados de barômetro e a altitude via GPS. É um modo criado para ser usado em conjunto com o modo Angle, nesse caso, alterando o comportamento do Stick do Throttle, sendo que o ponto neutro, no centro do stick, passa a ser a referência de comportamento, abaixo disso, o drone abaixa a altitude, e acima, aumenta sua altitude, sendo o ponto neutro, o ponto usado para manter a altitude constante.

    PosHold: Modo em que o drone se mantém em uma posição fixa, compensando variações de vento ou influências externas. neste caso, o stick direito se comporta como controle da posição do drone, modificando a posição em que o mesmo deve se manter.

    E então, o que achei das novas opções?

    Deixando de lado os problemas relativos ao fato de ser uma função em testes ainda, fiquei bem animado. funcionou razoavelmente bem, considerando que estava usando apenas o gps como referência, manteve-se estável em aproximadamente 50cm, um erro aceitável para este tipo de operação, mas que já mostra uma maturidade no algoritmo em si.

    Os modos combinados, criam um comportamento extremamente semelhante ao comportamento dos drones estabilizados encontrados no mercado, que faz com que o controle do drone seja simplificado para usuários menos experientes, e talvez, ainda possa ser usado como forma de failsafe, mas, esta possibilidade ainda não foi explorada.

    De qualquer forma, é um recurso praticamente inútil no fpv mesmo, voos em freestyle, em modo acro, prezam pela liberdade, que fica extremamente limitada neste tipo de modo, além, disso, o remapeamento do stick do throttle pode causar problemas e até acidentes ao iniciar/parar este modo.

    Se você curte experiências do tipo, teste dê seu feedback, talvez valha a pena testar em um drone que esteja parado na parede, desde que seja em um local controlado, uma vez que é uma funcionalidade nova, não lançada oficialmente que pode conter bugs ou falhas que podem resultar em batidas ou na perda do equipamento, de qualquer forma, seja PRUDENTE ao testar este tipo de firmware experimental.

  • Sistemas de vídeo para FPV em 2025.

    Neste artigo, comparamos os cinco principais sistemas de vídeo para FPV em 2025, explicando as vantagens, limitações e usos recomendados de cada um.


    1. Sistema Analógico

    Apesar do avanço das tecnologias digitais, o sistema analógico continua popular em drones FPV devido à sua simplicidade, baixo custo, alta confiabilidade e latência extremamente baixa.

    Vantagens:

    • Componentes amplamente disponíveis no mercado.
    • Baixíssimo custo de entrada.
    • Latência praticamente imperceptível.
    • Compatível com a maioria dos óculos FPV tradicionais.

    Desvantagens:

    • Qualidade de imagem baixa (geralmente 480p).
    • Suscetível a interferência e ruídos.
    • Menor alcance efetivo em ambientes com obstáculos.

    Usos recomendados: Ideal para iniciantes, pilotos de corrida e quem prioriza latência e custo em vez de qualidade de imagem. Também é a melhor opção para quem precisa manter vários drones operando com peças intercambiáveis.


    2. DJI Digital FPV

    A DJI foi pioneira em popularizar o vídeo digital HD no FPV com um sistema proprietário que combina alta qualidade de imagem com uma experiência de usuário simplificada.

    Vantagens:

    • Vídeo em HD (até 1080p) com excelente nitidez.
    • Transmissão digital com pouca interferência.
    • Gravação onboard nas câmeras DJI (como Runcam Link ou Caddx Vista).
    • Óculos com interface intuitiva e excelente acabamento.

    Desvantagens:

    • Ecossistema fechado, com pouca flexibilidade.
    • Alto custo dos equipamentos.
    • Incompatibilidade com sistemas abertos ou analógicos.
    • Dependência de atualizações e suporte da própria DJI.
    • Compatibilidade limitada com produtos FPV da própria DJI

    Usos recomendados: Perfeito para quem grava conteúdo, pilotos de freestyle e uso em cinewhoops, onde a qualidade de vídeo é crucial. Também é ideal para usuários que preferem uma configuração simples e pronta para uso.


    3. Walksnail Avatar (Caddx FPV)

    Concorrente direta do sistema DJI, a linha Walksnail vem evoluindo rapidamente, com atualizações frequentes e suporte à resolução Full HD.

    Vantagens:

    • Imagem HD (até 1080p) com nitidez comparável ao DJI.
    • Gravação onboard em muitas câmeras do sistema.
    • Ecossistema em expansão, com novos modelos e firmwares sendo lançados constantemente.
    • Óculos compatíveis com múltiplos sistemas (em alguns casos, inclusive analógico via módulo).

    Desvantagens:

    • Latência semelhante ao DJI, porém com pequenas variações em firmwares instáveis.
    • Ecossistema ainda em maturação.
    • Incompatibilidades ocasionais com versões anteriores.

    Usos recomendados: Boa alternativa para quem quer alta qualidade de vídeo sem ficar preso ao ecossistema DJI. Indicado para freestyle, gravações e uso geral.


    4. HDZero

    Desenvolvido como um sistema digital aberto, o HDZero tenta combinar o melhor dos dois mundos: baixa latência semelhante ao analógico com qualidade de imagem digital.

    Vantagens:

    • Latência extremamente baixa e constante, ideal para racing.
    • Resolução 720p com imagem clara e limpa.
    • Sistema modular e mais aberto que os concorrentes.
    • Suporte ativo da comunidade e firmware em constante desenvolvimento.

    Desvantagens:

    • Menor alcance comparado ao DJI ou Walksnail.
    • Necessidade de componentes específicos (módulo nos óculos, câmeras compatíveis).
    • Preço intermediário, com menor oferta no Brasil.

    Usos recomendados: Racing digital, pilotos que querem latência mínima sem abrir mão da clareza da imagem. Excelente para quem deseja evitar sistemas totalmente fechados.


    5. OpenIPC (Wi-Fi FPV / Câmeras IP)

    OpenIPC é um sistema experimental baseado em câmeras IP com firmware modificado, geralmente usado em plataformas de baixo custo e em voos sem necessidade de resposta em tempo real.

    Vantagens:

    • Imagem Full HD ou superior, dependendo da câmera.
    • Extremamente baixo custo de implantação.
    • Totalmente open-source, com alta possibilidade de customização.
    • Ideal para integração com redes, automação e sistemas autônomos.

    Desvantagens:

    • Latência alta (geralmente acima de 100 ms).
    • Inviável para voos manuais FPV em tempo real.
    • Dependente de infraestrutura de rede Wi-Fi confiável.

    Usos recomendados: Ideal para voos autônomos, long range com pilotagem indireta, ou projetos de baixo custo onde o FPV não precisa ser em tempo real. Também é útil em drones de mapeamento ou inspeção visual.


    Tabela Comparativa Resumida

    SistemaLatênciaResoluçãoPreço (BRL)EcossistemaMelhor uso
    Analógico10–15 ms480p200–400UniversalCorridas, iniciantes
    DJI22–28 msaté 1080p2.500+FechadoCinewhoop, gravação profissional
    Walksnail22–30 msaté 1080p2.000+Semi-fechadoFreestyle, gravações HD
    HDZero20–30 msaté 720p1.200–2.000AbertoRacing digital, quem evita sistemas fechados
    OpenIPC100–300+ msaté 1080p+100–500Open-sourceVoos autônomos, experimentação

    Conclusão

    O mercado de vídeo para drones FPV está mais diversificado do que nunca. Não existe uma única escolha certa: tudo depende do seu orçamento, estilo de voo, necessidade de qualidade de imagem e flexibilidade de configuração.

    • Orçamento limitado? Vá de analógico.
    • Quer qualidade de imagem com estabilidade? DJI ou Walksnail.
    • Prioriza latência e liberdade? HDZero é sua melhor aposta.

    Escolha o sistema que melhor se adapta ao seu perfil e aproveite ao máximo sua experiência FPV em 2025.